A importância do evaporador e torre de secagem para obtenção de levedura

O processo de produção de levedura seca visa à obtenção de um produto de alta qualidade, com elevada produtividade e o menor investimento e custo operacional possíveis.

A levedura seca é utilizada, principalmente, na composição de alimentos para a nutrição animal e pode ser inativa, autolisada (extrato e parede celular) e hidrolisada. O valor agregado conforme o conteúdo nutritivo fica mais disponível, aumentando a digestibilidade e os nutrientes, vitaminas e proteína. A obtenção de cada uma depende do tratamento realizado (termólise, autólise, hidrólise) [1].

Há fases em comum em todas elas. A primeira etapa é a centrifugação para promover a primeira separação sólido-líquido. Em seguida, muitas indústrias enviam o creme diretamente para a etapa final de secagem. Outras utilizam um evaporador entre as etapas mencionadas, o que eleva a capacidade de produção diária sem a necessidade de investimento em uma torre de secagem adicional. Ver figura 1.

Figura 1: Equipamentos que compõem uma fábrica completa de produção de levedura seca.
  1. Otimização na concentração e secagem

Existem diferentes tipos de evaporadores e cada um atende a diferentes dificuldades dos processos. Para o caso do creme de levedura, que é um produto de difícil manuseio devido às suas características físicas e biológicas, o único evaporador capaz de contornar os problemas é o de Película Fina Pulverizada, desenvolvido e patenteado pela AutoJet® (AJT STFE). Os detalhes para os principais tipos de evaporadores do mercado estão na Tabela 1.

Tabela 1. Evolução dos condensadores existentes no mercado com relação à capacidade de contornar as dificuldades do processo de produção de levedura seca.

No AutoJet® STFE, o creme é introduzido no topo e distribuído na superfície aquecida, sendo recirculado por uma bomba e pulverizado por bicos instalados em um eixo rotativo e a evaporação ocorre à medida que o creme é pulverizado contra a superfície aquecida. O vapor é enviado para um condensador e o creme concentrado é enviado para a secagem. Por meio de um condensador barométrico, o etanol presente no creme é recuperado e para a troca térmica pode ser utilizado o próprio vinho delevedurado.

O equipamento é capaz de contornar todas as dificuldades do processo de produção de levedura: possui tecnologia autolimpante, o que reduz a necessidade de paradas para limpeza e evita improdutividade. Um segundo diferencial do AutoJet STFE é que seu turndown é ilimitado, ou seja, é possível reduzir a capacidade de produção, caso seja necessário, sem prejudicar o processo, não causando incrustação e mantendo a temperatura do creme controlada. Além disso, não há custo de vapor, uma vez que toda energia utilizada é recuperada na coluna de destilação. O concentrador eleva a produção de levedura diária sem a necessidade de elevar a capacidade produtiva do sistema de secagem, e assim, juntamente com os outros ganhos descritos, eleva a receita da fábrica.

Quando falamos da secagem, também há algumas opções de equipamentos disponíveis no mercado, sendo o tambor rotativo um dos mais comuns, mas não o mais eficiente. As torres de secagem com bicos aspersores da Spraying Systems são as que produzem os melhores resultados. Nelas, a solução é atomizada à alta pressão pelos bicos posicionados no topo, com tamanho de gota e distribuição específicas. O ventilador adutor envia para dentro da câmara o ar de secagem, que é aquecido pelo radiador de ar ou queimador até o topo da câmara. O ar quente é injetado na mesma direção da pulverização da solução. A evaporação é rápida e o ar mais quente está em contato com as gotas com maior teor de umidade. Tem-se dentro da câmara pó em suspensão e o ar saturado com toda a água evaporada. O pó em suspensão desce por gravidade até o fundo da câmara e é coletado pelo transporte pneumático. O ar saturado é sugado pelo ventilador exaustor que arrasta esse ar com parte do pó fino, onde o fino é recuperado pelos ciclones e é coletado pelo transporte pneumático, enquanto o ar saturado é recalcado para o ambiente através da chaminé. O pó coletado na Câmara e Ciclones é transportado até o silo de ensaque. [2]

Há muitas vantagens de usar o sistema de bicos aspersores no lugar dos discos, entre elas: eliminação do cabeçote atomizador e toda estrutura elétrica; o fato de ser menos turbulento e com menor formação de resíduos aglomerados na parede do secador; o range de ajuste da densidade de pó é grande; a manutenção simples e econômica, já que não é preciso trocar o bico completo quando há desgaste, bastando a substituição das peças internas e o manuseio simples, sem necessidade de paradas do equipamento. Há ainda a possibilidade de conversão da torre de disco para bico com a vantagem aumentar a capacidade evaporativa com a troca de periféricos.

Uma fábrica completa de levedura seca deve contemplar, além das operações unitárias mais usuais, um concentrador de creme que contribui diretamente para o aumento da receita. Também é interessante a utilização de uma torre com bicos de pulverização Spraying Systems para uma operação mais completa, simples e econômica.

  1. Referências Bibliográficas

[1] Desmistificando a levedura. Nutri News Brasil: Departamento Técnico Aleris Nutrition, 2021.
[2] A SOLUÇÃO definitiva de secagem por atomização. [S. l.], 2021. Disponível em: http://www.labmaqdobrasil.com.br/index.php/spray-dryer/. Acesso em: 11 maio 2022.

A Sprying Systems é patrocinadora da Reunião Anual Fermentec 2022

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