XI SCIFer: conhecimento e emoção no simpósio da Fermentec

A 11a edição do Simpósio Científico Interno da Fermentec (SCIFer) teve um toque especial em 2022, ano em que a Fermentec completou 45 anos. O simpósio faz parte da confraternização em que colaboradores apresentam, ao longo da manhã, as principais atividades realizadas durante o ano em transferência de tecnologia a seus clientes.

Colaboradores da Fermentec reunidos para o XI SCIFer

O SCIFer foi inspirado em uma prática adotada pelo fundador da Fermentec, Henrique Vianna de Amorim, quando era professor do Departamento de Bioquímica da Esalq/USP. Amorim sempre defendeu que tão importante quanto publicar trabalhos, é apresentá-los para que mais pessoas tenham acesso aos conteúdos “nosso departamento foi pioneiro em fazer essas apresentações e, nos anos seguintes, a prática foi replicada em outras faculdades da Esalq. O pesquisador deve fazer o trabalho e depois comunicar. Hoje, na Fermentec, a comunicação é quase 100% do nosso sucesso. Comunicação é tudo”, afirmou Amorim na abertura do Scifer.

Durante o simpósio, os colaboradores apresentaram pesquisas sobre seleção de leveduras, cariotipagem, controle de contaminação, produção de açúcar e de levedura seca, além de novas ferramentas para coleta e análise de dados. Ao final das palestras, os colaboradores fazem perguntas e debatem, uma oportunidade para aprofundar ainda mais o conhecimento.

Mário Lucio Lopes apresentou toda a trajetória da Fermentec nos últimos 45 anos

Após toda a passagem pela parte técnica, o Scifer foi tomado pela emoção. O diretor científico da Fermentec, Mário Lucio Lopes, apresentou uma linha do tempo desde 1977, quando Amorim iniciou seu trabalho de pesquisa com as usinas, reforçando o papel da Fermentec para o êxito do Proálcool e popularização do uso do etanol no Brasil “o dr. Henrique plantou a semente e preparou todo o solo para que pudéssemos estar aqui hoje trabalhando nas pesquisas, responsáveis pela produção de 80% do etanol brasileiro, e fez com que pudéssemos aspirar a voos mais altos”, afirmou Mário Lucio.

Já o presidente da Fermentec, Henrique Berbert de Amorim Neto, revirou o baú da família e apresentou diversas imagens que revelaram como foi a infância do dr. Henrique, desde a fragilidade de sua saúde que provocou a mudança da família da fria cidade de São Paulo para a quentinha Ribeirão Preto, até sua adolescência agitada pelas festas e intenso convívio social, facilitado por sua vontade de estar sempre junto com pessoas e capacidade de comunicação.

Henrique Vianna de Amorim (esq.) se emocionou com a homenagem feita pelo filho e presidente da Fermentec, Henrique Berbert de Amorim Neto (dir.)

Henrique Neto mostrou toda a força do pai em superar desafios. Mesmo com mestrado, doutorado e pós-doutorado em café, o professor Amorim, como é carinhosamente chamado, não hesitou em aceitar o convite do empresário Maurílio Biagi de colocar o Proálcool de pé. Durante a homenagem foi exibido um vídeo gravado em uma festa em 1989 em que Lamartine Navarro Júnior, também pioneiro na produção de etanol no Brasil ao lado de Biagi e Francisco Junqueira, exalta não só as qualidades técnicas de Amorim, mas também sua capacidade de convencimento de que medir cada parâmetro da fermentação era importante para o sucesso das usinas “se vocês estão aqui hoje na Fermentec é graças ao meu pai, que foi o começo de toda essa história, que sempre primou pelo conhecimento, boa convivência e comunicação”, finalizou Henrique Neto, emocionado.

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