Mais de 700 profissionais do setor sucroenergético do Brasil e exterior participam da Reunião Anual

Mais de 700 profissionais de usinas e destilarias do Brasil, além de parceiros e patrocinadores participaram da 46a Reunião Anual da Fermentec de 2023. Nos dias 26 e 27 de julho, os participantes conferiram todas as novidades em fermentação alcoólica, controle analítico, processos e tecnologias industriais, além do painel Etanol de Milho que, a exemplo da edição de 2022, trouxe informações importantes sobre toda a cadeia deste processo que ano passado foi responsável por mais de 16% do etanol produzido no Brasil.

Evento bate novo recorde de público em 2023 com mais de 700 participantes

Para o ano que vem, a Reunião terá novidades com a mudança de espaço. Desde 2011 o evento é realizado no Centro de Convenções Ribeirão Preto. Segundo o presidente da Fermentec, Henrique Berbert de Amorim Neto a necessidade da mudança revela o crescimento da Reunião “estamos definindo um local maior, com mais espaço e conforto porque a atual estrutura já não comporta mais o recorde de participantes, o que mostra o compromisso com a qualidade das palestras que para nós é primordial e que tem atraído um público cada vez maior. E pensar que na primeira Reunião Anual, há 46 anos, meu pai (Henrique Vianna de Amorim, fundador da Fermentec), fazia esse encontro em volta de uma mesa”, lembra Neto.

Henrique Vianna de Amorim (esq.), fundador da Fermentec e idealizador da Reunião Anual com o atual presidente, Henrique Berbert de Amorim Neto

Outra novidade foi a apresentação da nova mascote da Fermentec, a Fermentina. Durante o evento foram sorteadas várias pelúcias que fizeram muito sucesso entre o público. Clique no link para conferir a história da mascote.

Leila Cabral, Marta Moraes, Crisla Souza, Silene Paulillo e Ana Paula Peixoto, equipe criadora da mascote Fermentina

Reunião Anual de 2023 em números:
 
700 participantes;
37 palestrantes;
30 expositores;
16 patrocinadores.

Expositores da feira realizada na Reunião Anual

Confira um resumo das palestras da 46a Reunião Anual da Fermentec:
 
O presidente da Fermentec, Henrique Berbert de Amorim Neto, abriu os trabalhos da Reunião Anual que destacou o tema desta Reunião: Pessoas e Tecnologia o Poder da Transformação. A Fermentec desenvolve tecnologias há 46 anos. É especialista em servir as pessoas, gerar conhecimento e valor para solucionar problemas. Os profissionais têm papel fundamental na implantação da indústria 4.0 e, para dar conta da demanda de produção de 1,12 trilhão de litros de etanol até 2050, a capacitação deve ser constante. O aprendizado imediato se tornará o novo modus operandi e a capacidade de adquirir conhecimento será cada vez mais valorizada “sem a capacitação das pessoas, não vamos evoluir”, concluiu.


Henrique Berbert de Amorim Neto

Painel Controle Analítico e Tecnologia Digital

Eduardo Borges e Eder Silvestrini deram início ao Painel Controle Analítico e Tecnologia Digital esclareceram dúvidas frequentes dos clientes sobre o NIR, um equipamento que utiliza luz infravermelha para medir componentes da amostra. Apesar de ser uma técnica antiga, o NIR ainda é uma novidade para muitas usinas. Uma das etapas mais importantes é a de calibração, que é feita empiricamente com validações periódicas, que seguem algumas métricas para garantir o desempenho desta calibração. Também foram dadas orientações sobre a implementação do NIR na rotina analítica do laboratório e sobre a necessidade de manter as análises convencionais para fazer comparações com os resultados do NIR.

Demétrius de Freitas, Cleia Dutra, Charles de Jesus, Thais Milessi, Eduardo Borges e Eder Silvestrini

Demétrius Barbosa de Freitas e Cleia Cristina Dutra falaram sobre a experiência da usina Alta Mogiana de fazer a determinação do ART com o NIR na esteira de cana. A necessidade surgiu do comprometimento da representatividade da amostra com uma demanda de mais de mil toneladas de cana por hora. O trabalho teve início com o benchmarking feito em parceria com a Fermentec e seguiu com a definição da moenda onde o NIR seria instalado para fazer um comparativo entre o sistema tradicional e o NIR. Para garantir a rastreabilidade da origem da cana, foi implantado um sistema via satélite com sensores instalados no hilo da moenda e nos caminhões. Por fim, os resultados chegam ao laboratório onde são registrados. Entre os benefícios estão o aumento da proporção de cargas amostradas (maior representatividade) e redução de resíduos no laboratório. A Alta Mogiana comprovou que é possível e viável utilizar o NIR para determinar o ART na esteira da moenda.

Thais Milessi e Charles Dayan de Jesus, do Departamento de Engenharia Química UFSCar, apresentaram inovações recentes que vêm sendo aplicadas para o monitoramento e controle das fermentações em tempo real. Uma delas é o projeto FIA 4.0 – Fermentação com Inteligência Artificial, que está sendo desenvolvido em parceria com a Fermentec com financiamento do equipamento feito pela Finep. O projeto tem duração de três anos e tem o objetivo de monitorar a fermentação em tempo real com a coleta de diversos dados sobre concentração celular, açúcar e etanol para desenvolver uma inteligência artificial baseada nos recursos computacionais que estão sendo estudados.

Fernando Henrique Giometti destacou em sua palestra a excelência operacional. Nos últimos anos, diversas metodologias de melhoria contínua vêm ganhando destaque para chegar à causa raiz dos problemas (não conformidades, equipamento funcionando abaixo da meta, lead time de produção acima do desejado). As principais metodologias de gestão (PDCA, MASP e DMAIC) são orientadas por dados com foco na análise de causa raiz. Giometti apresentou técnicas de análise de dados que medem a variabilidade do processo, detectam desvios, quantificam o relacionamento entre duas variáveis quantitativas, estabelecem coeficientes de correlação entre todas as combinações de variáveis, modelam a relação entre variáveis, entre outras. Ele também explicou como as ferramentas de gestão (Diagrama de Ishikawa, Matriz Gut, 5 Porquês, 5W2H) auxiliam na melhoria contínua dos processos.

Claudemir Bernardino e Fernando Henrique Giometti

Claudemir Bernardino encerrou o painel Controle Analítico e Tecnologia Digital prosseguindo com o tema da gestão e resultados sustentáveis. Bernardino ressaltou que a gestão influencia a ação e fez uma reflexão sobre a habilidade das organizações de se sustentarem, de desenvolver seus colaboradores e produzir com mínimo de impacto no planeta e diminuição de custos, que são iniciativas determinantes para se buscar resultados. Entre esses resultados de avanços tecnológicos, ele destacou que nos últimos dez anos a Fermentec qualificou mais de seis mil pessoas, reduziu mais de 80% do número de análises, alcançou 20% dos clientes fermentando com mais de 10% de teor alcoólico, além do uso do cromatógrafo que hoje está em 59% das usinas e destilarias clientes. Claudemir também alertou para a necessidade de cada usina ter um profissional responsável pela implementação das sugestões da Fermentec para que as empresas alcancem resultados ainda melhores.

Painel Etanol de Milho

Quem inaugurou o painel Etanol de Milho foi Augusto Moraes, diretor da Corteva Agriscience. Moraes apresentou três programas que estão sendo desenvolvidos que buscam aumentar a produção de milho no país. Um deles é o Prospera, que busca transformar a vida de produtores familiares do Nordeste para criar um novo mercado de milho. Já o Duas Safras visa a expansão de área e produtividade com o uso sustentável da água. O objetivo é manter o equilíbrio entre a demanda e oferta de milho e manutenção da cadeia agropecuária no Rio Grande do Sul. Para o estado de São Paulo, o programa Milho + SP busca o aumento da renda com a adoção de manejo sustentável para acrescentar um milhão de hectares de plantação de milho até 2030.

Na segunda palestra do painel Etanol de Milho, Alexandre Godoy destacou as vantagens da tecnologia StarchCane, que permite a integração de cana e milho para a produção de etanol. A tecnologia promove o máximo de aproveitamento das usinas, elimina a ociosidade da indústria e permite a produção de coprodutos, como levedura seca, o farelo DDGS e o óleo de milho, que pode impactar a economia do estado de São Paulo com a atração de plantas de biodiesel,  confinadores de gado, granjas de frangos e suínos, fabricantes de ração e frigoríficos. Isso porque o subproduto do etanol de milho, o DDGS, é utilizado na fabricação de ração animal. A produção de etanol pode se transformar em uma alternativa à exportação e atender ao maior mercado consumidor de combustíveis do país, a região Sudeste. Se São Paulo tivesse vinte usinas deste tipo, a produção poderia ser ampliada em 2,7 bilhões de litros de etanol, o que corresponde a 17% da produção atual. Portanto, a produção pode mais que dobrar sem plantar um único pé de cana.

Luís Cortez, Augusto Moraes, Pedro Terencio e Alexandre Godoy

Luís Cortez, do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético da Unicamp, falou sobre o impacto do biocombustível para o aumento da área destinada para a agricultura. Cerca de 20% do território brasileiro hoje é ocupado por pastagens. Segundo ele, a coprodução de DDGS vai aumentar o confinamento de animais e liberar a terra de pastagem para ser cultivada. Com isso, também se reduz as emissões de gases de efeito estufa. Portanto, o milho é capaz de unificar as agendas ambiental e de energia renovável. Cortez também afirma que essa integração terá benefícios econômicos e sociais com a criação de mais empregos decorrentes da intensificação da produção de etanol.

Pedro Terencio, diretor executivo da Campanelli SA/Tecnobeef, que abate mais de 100 mil cabeças de gado por ano, afirmou que os Estados Unidos têm confinado mais animais e aumentado a alimentação com subprodutos do etanol de milho, como o WDG. O Brasil segue a mesma tendência de aumento do confinamento. São Paulo e Minas Gerais podem produzir 980 mil toneladas de DDGS. Os Estados Unidos têm mais de 20 anos de experiência no uso do DDGS na alimentação animal e o Brasil tem potencial para seguir pelo mesmo caminho.

Hélio Ushijima, da Cargill, relatou toda a história do milho desde 8000 Antes de Cristo quando os astecas domesticaram o teosinto, a planta primária do grão, até o milho moderno que hoje pode ser transformado em combustível. Na sequência, Ushijima foi apresentou um comparativo entre a cultura do milho no Brasil e Estados Unidos. O Brasil pode aumentar a produção por área plantada e produtividade, mas os Estados Unidos só crescem pela produtividade. Enquanto os norte-americanos utilizam 27% do milho para produzir etanol e exportam 16%, o Brasil só usa 7% para combustível e exporta 39%. Produção que poderia ficar no Brasil e ter mais valor agregado, segundo Hélio. Além de ser um biocombustível renovável, amplos estudos têm sido realizados para utilização como fonte de hidrogênio, síntese de polímeros, cosméticos e bebidas, não se limitando apenas ao coprodutos já conhecidos.

Helio Ushimija

Para tratar sobre os investimentos no mercado de etanol de milho, Douglas Lucio e Silva explicou o funcionamento do consórcio Swell Fermentec que busca trazer ao mercado o entendimento de que a tecnologia StarchCane pode impactar outros setores além de automóveis, como o combustível de aviação. A cereja do bolo, segundo Douglas, não é apenas o etanol, mas o capital de giro proporcionado por receitas futuras junto com o DDGS, óleo e levedura. Em 2023, o milho terá uma produção estimada em 123 milhões de toneladas e o óbvio é implantar usinas de transformação de milho, que pode proporcionar o aumento da cadeia produtiva e reduzir gargalos de armazenagem. O Brasil pode tomar a dianteira deste movimento e crescer economicamente.

Douglas Lucio e Silva

“O milho é o canto festivo dos galos na glória do dia que amanhece” (Cora Coralina). A citação foi usada pelo ex-ministro da Agricultura e produtor rural, Antônio Cabrera Mano Filho para falar sobre a “história fantástica do milho” em suas palavras. Cabrera encerrou o primeiro dia da Reunião Anual de 2023 fazendo um panorama sobre os desafios e perspectivas do agronegócio no Brasil. Mesmo com todas as dificuldades, pela primeira vez o Brasil exportou mais de 200 milhões de granéis agrícolas. A participação da safrinha na safra total de milho aumentou quase nove vezes, saltando de 8% para 70%. No mundo, esse aumento foi de 5%. Há um “pré-sal” embaixo do milharal.

Ex-ministro da Agricultura, Antônio Cabrera Mano Filho

Painel Leveduras

Mário Lúcio Lopes abriu o painel destacando as leveduras e os segredos do genoma. O genoma é como se fosse uma biblioteca das sequências de DNA. Cada célula da levedura contém uma cópia desta biblioteca. Será que é fácil ler o genoma de uma levedura? Hoje, graças às novas tecnologias é possível sequenciar um genoma em questão de dias. Mário relatou todas as descobertas feitas sobre o DNA das leveduras por meio das técnicas de cariotipagem e DNA mitocondrial. Esses estudos abriram novos horizontes que culminaram com 39 usinas utilizando leveduras personalizadas, sendo que algumas possuem mais de uma levedura. Outra descoberta foi o fato de a fermentação afetar mais de 2 mil genes da levedura à medida que as células se adaptam às mudanças fisiológicas e ambientais. A tolerância ao etanol foi correlacionada com o aumento da frequência do gene HAC1 para manter a função de suas proteínas. Além de conhecer a estrutura do genoma das leveduras industriais e aprender a lê-los, a Fermentec também desenvolveu tecnologias para editar ou corrigir o código genético das leveduras e que levou a liberação comercial da levedura em 2023. A partir do domínio das técnicas de análise do genoma, novas perspectivas se abrem para melhorar as fermentações industriais.

Mário Lúcio Lopes

No encerramento do painel Leveduras, Osmar Parazzi Junior apresentou detalhes das fermentações com outras matérias-primas diferentes da cana. Osmar mostrou as composições do milho, melaço de soja, sorgo sacarino, o agave e o melaço cítrico e as particularidades de cada processo de fermentação. O agave inclusive já conta com diversos projetos no Brasil para ser usado na produção de etanol, sendo uma das iniciativas com cultivo da planta no Nordeste. As possibilidades são inúmeras e apresentam grande potencial de crescimento, mas é preciso conhecer as necessidades de cada processo e, o mais importante, é encontrar a levedura certa para cada matéria-prima.

Osmar Parazzi Junior

Pitch Analítico

O painel Pitch Analítico contou com a palestra de Ariane Ferreira, Marina Dellias e Vanessa Diana sobre a importância de se conhecer os microrganismos do processo. A identificação, o monitoramento frequente e a pesquisa sobre fermentação permitem selecionar leveduras personalizadas, mais robustas e adaptadas às características de cada processo industrial. Estas leveduras, isoladas da própria usina, apresentam habilidades que aumentam o rendimento da fermentação. Além dos Alicyclobacillus acidoterrestris, também foram detectadas nestas amostras outras bactérias termófilas esporuladas, produtoras de guaiacol. Conhecer e detectar os contaminantes da fermentação e da produção de açúcar permite melhorar o processo industrial, reduzir perdas, diminuir o custo com insumos, melhorar a qualidade do produto final e o rendimento industrial.

Marina Dellias, Vanessa Diana e Ariane Ferreira


Painel Processos e Tecnologias Industriais

O painel Processos e Tecnologias Industriais começou com Luis Felipe Colturato que falou sobre o biogás. A Adecoagro tem duas unidades que produzem biogás, uma na Argentina com origem em proteína animal (vacas leiteiras) com produção de 950 metros cúbicos/hora e a outra no Brasil com vinhaça, que produz 12 mil metros cúbicos normal de biogás. O biogás tem potencial para substituir 60% da produção do óleo diesel no Brasil com impacto significativo, já que 65% da energia do país no ano passado foi destinada para o transporte de cargas e passageiros e setor industrial. Em 2023, a Adecoagro inaugurou uma planta de biometano e vai converter sua frota de 126 veículos para o novo combustível. Com a produção atual de vinhaça, a empresa tem potencial para suprir a demanda interna e comercializar o excedente.

Na sequência do painel Processos e Tecnologias Industriais, Rudimar Cherubin e Paulo Vilela responderam à pergunta: qual o melhor sistema de cozimento para a recuperação do açúcar? Duas massas ou três massas? A resposta é: depende do objetivo da fábrica de açúcar. A maior parte das usinas trabalha com o sistema de duas massas, que é adequado para xarope com menor pureza e é utilizado para produção tanto de VHP quanto de açúcar branco. Rudimar apresentou as características do cozimento de duas massas com afinação de magma. Já o sistema de três massas com duplo magma produz 15% mais açúcar, com mais qualidade, mas necessita de mais equipamentos. Paulo Vilela ressaltou que os potenciais das formas de cozimento dependem da estrutura de controle da fábrica, de preferência os automatizados, para atender às expectativas de produção.

Luis Felipe Colturato, Rudimar Cherubin e Paulo Vilela


 Marcel Salmeron Lorenzi, Ricardo Ribeiro da Silva, da usina São Domingos, Luciana Viviani da Unipar e a professora doutora da Escola Politécnica da USP (EPUSP), Idalina Vieira Aoki, apresentaram cases da indústria na utilização do ácido clorídrico. O trabalho foi feito em parceria entre a Fermentec, EPUSP e Unipar nas usinas participantes do projeto. A professora Idalina explicou como foram feitos os testes para comprovar que o uso do ácido não causaria corrosão nos equipamentos da indústria. Na usina São José da Estiva, a insegurança sobre a disponibilidade do ácido sulfúrico motivou o início do trabalho com o ácido clorídrico. Durante os testes da usina não foi observada interferência da dosagem do ácido clorídrico sobre os parâmetros avaliados e a tecnologia foi uma alternativa eficiente com resultados semelhantes aos do ácido sulfúrico com tendência positiva na redução de insumos. Da mesma forma, a usina Lins também teve bons resultados com a substituição do ácido e tendência positiva de redução com relação aos insumos, variáveis que devem ser mantidas em monitoramento na continuidade do uso dessa tecnologia.


Rafael Francisco Alves, da usina Ipiranga Mococa, explicou como foi realizada a substituição do uso da água clarificada no tratamento do levedo. Hoje a usina usa água clarificada para enviar para a coluna de CO2 junto com a flegmaça. Essa água passa pela coluna de CO2 e retorna para o tratamento de levedo.

Rafael Alves, Gilberto Zanon, Ricardo da Silva, Luciana Viviani, Idalina Vieira Aoki e Marcel Lorenzi

Para finalizar as palestras técnicas da Reunião Anual da Fermentec de 2023, Gilberto Zanon, da Central Energética Morrinhos, mostrou como a usina faz o controle de insumos industriais. A usina faz a compra da maior parte dos insumos no início da safra e se faz um cálculo do custo por tonelada de cana. A saída dos insumos é controlada diariamente e os dados são organizados em um boletim. A partir das análises de custos são adotadas melhorias para reduzi-los. Foram feitas alterações para reduzir os custos com cal virgem calcítico, soda cáustica, na caldeira, estação de tratamento de água, DESMI e nas torres de resfriamento. O custo do enxofre também é alto por conta da produção de açúcar. A usina aumentou a coluna de destilação e com isso reduziu o consumo de enxofre.

Palestra diferencial

A revolução do propósito nos negócios já começou, e você só tem duas opções: ser protagonista ou apenas assisti-la acontecer. Essa foi uma das mensagens do educador corporativo e facilitador de programas de desenvolvimento pessoal e organizacional, Kiko Kislansky. Chegou a hora de abrir as portas para o resultado que vai muito além do lucro. Nesta palestra, você descobrirá como unir paixão, propósito e prosperidade em seu negócio. Não espere mais para fazer a diferença que você nasceu para fazer. Transforme sua empresa em um ícone de relevância, inspirando colaboradores, encantando clientes e deixando um legado do bem. Liberte-se dos padrões tradicionais e abrace uma nova era empresarial, onde o sucesso é medido não apenas pelo saldo no banco, mas pelo impacto que você gera no mundo. Agarre essa oportunidade única e trilhe o caminho do crescimento empresarial com propósito.

Kiko Kislansky

Prêmio Excelência Fermentec

O Prêmio Excelência Fermentec é um reconhecimento às inovações e melhorias promovidas por seus clientes que aumentam a eficiência seja no laboratório ou na indústria. Confira os vencedores da edição de 2023 do Prêmio Excelência Fermentec:

Categoria: Amostragem

Alto Alegre Florestópolis – Claudionor do Nascimento enviou um vídeo em agradecimento


Usina Granelli – Leandro Estevam
Nardini Agroindustrial – Edmar Gutierres dos Santos

Categoria: Estrutura Laboratorial

Usina Alta Mogiana – Cléia Cristina de Souza Dutra
Melhoramentos-Jussara – Reinaldo de Souza Reis
Adecoagro-Angélica – Cassio Uelliton Silva Barbosa

Categoria: Desempenho Analítico Químico

Usina Batatais – Everaldo Galina Junior
Usina Colorado – Fátima Aparecida Dias Ferraz
Ipiranga-Unidade Descalvado – Raquel de Souza Dias

Categoria: Desempenho Analítico Microbiológico

Cocal-Paraguaçu Paulista – Hozana Franco dos Santos Bispo
Vale do Verdão – Juliana dos Santos Rodrigues
CEM – Central Energética Morrinhos – Leandro Santos Vilela

Categoria: Pioneirismo

“GAOA – Gestão Avançada E Operação Assistida – Módulo Açúcar”
Pedra Agroindustrial-Usina da Pedra – Emmanuel Zimmerman Moreira


“Projeto De Levedura Seca: Processo X-TRALEV Fermentec”
Soderal (Equador) – Cristian Vite

Encerramento

Para encerrar a Reunião Anual da Fermentec de 2023, o presidente da Fermentec, Henrique Berbert de Amorim Neto, voltou ao palco para destacar que o setor sucroalcooleiro está passando por uma diversificação inédita e, para o Brasil não perder oportunidades, a capacitação das pessoas é fundamental. A forma como a Fermentec enxerga os processos na usina, com metodologias como a cariotipagem e o DNA mitocondrial, permitiram um grande avanço na adaptação das leveduras que podem passar por 120 bilhões mutações espontâneas por ciclo e 20 milhões por gene em uma dorna de um milhão de litros. Henrique Neto lembrou que seu pai, Henrique Vianna de Amorim, tem um amigo francês que se impressionou com o reciclo de leveduras da Fermentec e classificou a data como o dia mais feliz de sua vida. Para concluir, Henrique afirmou que o ambiente está mudando e são as pessoas que devem ser protagonistas dessas mudanças e não a tecnologia em si.

Revista

Quem participou do evento pode ter acesso a conteúdos complementares na Revista da Reunião Anual.

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