Scifer 2023 Fermentec destaca o poder das pessoas na transformação no universo do conhecimento

Colaboradores durante encerramento de mais um Scifer realizado pela Fermentec

O Simpósio Científico Interno da Fermentec (Scifer) chega à sua 12ª edição em 2023 reunindo os colaboradores para discutirem as pesquisas que foram destaque ao longo do ano e conhecerem projetos inovadores que estão em andamento e que trarão resultados em 2024. O encontro foi realizado na sexta-feira, 15 de dezembro, na sede da Fermentec, em Piracicaba. O tema do Scifer foi “Pessoas: o Poder da Transformação”.

A idealização do Scifer foi inspirada no trabalho do fundador da Fermentec, Henrique Vianna de Amorim, que, quando foi professor de Bioquímica da Esalq/USP, adotou o costume de reunir os alunos e professores para apresentarem suas pesquisas uns aos outros. Quem participava dessas reuniões na Esalq e teve a ideia de replicar o modelo foi a coordenadora de Pesquisas em Fermentação e Seleção de Leveduras da Fermentec, Silene de Lima Paulillo.

Henrique Berbert de Amorim Neto, Henrique Vianna de Amorim e Antonio Joaquim de Oliveira 

Esta edição do Scifer contou com a participação especial do Dr. Antonio Joaquim de Oliveira, que trabalhou na Fermentec desde o início das atividades na década de 70 e teve uma contribuição fundamental no trabalho de contagem de bactérias que se estabeleceu até hoje em dezenas de usinas como um método altamente eficiente para combater a contaminação na fermentação.

O presidente da Fermentec, Henrique Berbert de Amorim Neto, fez a abertura do Scifer sem falar sobre fermentação, leveduras ou usinas, mas relembrando a história de Cleópatra, a rainha do Egito. Feitas as devidas ressalvas sobre os métodos de Cleópatra para conseguir tudo que almejou, Amorim destacou suas características que permitiram com que ela protegesse seu país: objetivo definido, conhecimento e imaginação “como se forma, se transforma e se compartilha o nosso conhecimento? Como ele pode nos ajudar a resolver problemas, inovar e colaborar? Como usar o conhecimento para criar conexões e insights? Para inovar precisamos saber para onde estamos indo. E já dizia Albert Einstein que a imaginação é mais importante que o conhecimento, só que o conhecimento é limitado, a imaginação não”, afirmou Amorim Neto em sua reflexão aos participantes.

O presidente da Fermentec, Henrique Berbert de Amorim Neto, durante a abertura do Scifer

Ao longo da manhã foram apresentadas onze palestras que contemplaram diversas frentes de pesquisas da Fermentec. No primeiro bloco, o assunto que dominou os debates foi a fermentação com Crisla Serra Souza abordando a dinâmica populacional de leveduras, Ariane Mendes Ferreira com a análise da morfologia das colônias de leveduras, Vanessa Costa Diana que tratou dos efeitos dos produtos Alfa Ácidos sobre bactérias e leveduras e Marina Toledo Dellias que explicou as análises de metagenômica das leveduras e seus resultados. Encerrando o bloco, Felipe Oliveira Amaro apresentou a avaliação dos melaços de massa A e B durante a fermentação.

Palestrantes que apresentaram as novidades em pesquisa e desenvolvimento da Fermentec

Após a parada para o café, a segunda parte teve foco nas tecnologias e sistemas para medição, equipamentos e novas aplicações na indústria. Mário Lúcio Lopes abriu o bloco com a apresentação do processo de produção de levedura oleaginosa em reator Frings. Na sequência, Paulo Vilela apresentou os primeiros resultados de um novo sistema com sensor de turbidez que identifica o início da floculação na indústria e determina em tempo real o final da fermentação. Reinaldo Brito Júnior destacou em sua palestra o efeito das temperaturas de degasagem nas eficiências industriais para a prevenção de perdas de etanol.

O fundador da Fermentec, Henrique Vianna de Amorim, sempre ativo nos debates pós-palestras

Na parte de controle, Thiago Mesquita falou sobre o uso do NIR e do RAMAN na coleta de dados da fermentação e Gustavo de Freitas abordou o controle estatístico de processo aplicado ao RTC. Encerrando as palestras técnicas do Scifer, Eduardo Borges mostrou como a inteligência artificial está sendo usada para explicar os fatores que influenciam o RTC da usina.

Claudemir Bernardino fez o encerramento da edição de 2023 do Scifer

O vice-presidente e diretor de Transferência de Tecnologia da Fermentec, Claudemir Bernardino, fez o encerramento do Scifer destacando os seis pilares sobre a relação das pessoas com a pesquisa e o desenvolvimento: criatividade e inovação; habilidade técnica e conhecimento especializado; tomada de decisões estratégicas; trabalho em equipe e colaboração; adaptação e resiliência; desenvolvimento e liderança. Bernardino concluiu “no âmago de todo o avanço e descobertas encontramos a peça fundamental, que são as pessoas. Foram as pessoas que impulsionaram esse evento (Scifer) para além das fronteiras do conhecimento. O Scifer reforçou a importância das pessoas na ciência, suas ideias, colaborações e a energia coletiva que impulsiona a colaboração. Que o legado seja a valorização contínua das pessoas na jornada científica”, finalizou.

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